sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Se no nosso país o governo actuasse assim estaríamos bem melhor!Atitude humana e profissional de valorizar por parte do senador face ao erro cometido!


Senador Tom Daschle escusa-se da nomeação para secretário da Saúde

"O antigo senador Tom Daschle, apontado para tornar-se o Secretário da Saúde e Recursos Humanos da Administração de Barack Obama, pediu ao Presidente para retirar o seu nome e procurar um outro candidato ao cargo, depois de ter sido revelado que falhou o pagamento de impostos devidos pelo uso de um carro e motorista e outros benefícios pessoais durante o seu trabalho para uma empresa de consultadoria de Washington entre 2005 e 2007.O senador, que confessou a sua vergonha e apresentou as suas desculpas numa audiência à porta fechada no Senado, recebeu o apoio de vários dos seus correlegionários. Daschle explicou que assim que detectou a falha na sua contabilidade regularizou a situação com o fisco, pagando cerca de 140 mil dólares de impostos e juros. Mas o senador (e um dos primeiros apoiantes da candidatura presidencial de Barack Obama) acabou por não resistir à pressão política para que se retirasse, depois dos editoriais dos principais jornais nacionais terem posto em causa as suas antigas ligações a grupos com interesses na área da saúde — mais do que as justificações apresentadas por Daschle para a fuga ao pagamento de impostos.Barack Obama aceitou a decisão de Daschle com “muita pena”. “O Tom cometeu um erro, que reconheceu abertamente. Não procurou fugir desse erro, tal como eu não procuro fugir. Mas isso não deve diminuir os seus contributos ao país, desde os seus anos no exército às suas décadas no Congresso”, comentou a Casa Branca em comunicado.Além de Daschle, Obama também recebeu a resignação de Nancy Killefer, a vice-directora do gabinete de Gestão e Orçamento e que iria tornar-se a “Chief Performance Officer” da Administração, um novo cargo criado por Obama para supervisionar o desempenho do governo federal. Killefer escreveu ao Presidente avisando que estava envolvida numa disputa fiscal pela falta de contibuições devidas a título de subsídio de desemprego de uma empregada doméstica, e reconhecendo que o caso poderia ser uma distracção que poderia “empatar” a entrada e funcionamento do seu novo posto.Em quinze dias, a Administração Obama já teve de lidar com três “escândalos” de incumprimento fiscal. O primeiro de todos afectou o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, que falhou a declaração de 34 mil dólares em contribuições à Segurança Social e Medicare durante os anos de 2001 a 2004. O dirigente, que terá a responsabilidade de conduzir os planos de recuperação económica, desculpou-se pelo seu “erro” e garantiu que a situação tinha sido corrigida. Foi duramente censurado pelos legisladores, mas a sua nomeação acabou por ser confirmada.A discussão da maior ou menor gravidade dos erros ou delitos fiscais dos nomeados de Obama tornou-se secundária face às implicações políticas desses casos: Barack Obama prometera durante a campanha eleitoral promover um novo tipo de dirigentes, estranhos ao “círculo” de Washington, e levar a cabo um novo tipo de política — uma “nova era de responsabilidade”, como repetiu no seu discurso de tomada de posse."
Texto retirado do jornal "Público" do dia 03 de Fevereiro de 2009

2 comentários:

  1. Bem vindo sejas Semedo Salgueiro. Quanto a este tema, renovo a minha ideia geral sobre essas afirmações: os nosso políticos não são ET's. São reflexo da nossa sociedade! Logo o problema não começa nos políticos nem acaba neles...

    Abraço

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  2. Claro que não almeida. Nem de perto nem de longe! Acho que a nossa sociedade ainda tem um longo caminho pela frente no que diz respeito principalmente à educação, cultura, mas fundamentalmente no que diz respeito a uma mentalidade e atitude mais construtiva e positiva perante a vida (pessoal, social, profissional,..). Julgo que isto são aspectos que representam valores intrínsecos das sociedades que necessitam entre diversos factores, de muito tempo para serem transformados. O nosso país demonstra ao longo da sua história ser um país constituído por Homens competentes em divesas àreas, mas que claramente o seu recente regime político, a frágil democracia constituida, não estava ainda preparada para gerir o país da melhor forma, pois coincidiu com uma era da história particularmente exigente e perigosa, no que diz respeito ao ritmo evolutivo do sistema capitalista e das transformações profundas nos valores sociais, económicos, comerciais, educativos, culturais, éticos e humanos das sociedades! Ainda não nos conhecemos bem, ainda não amadurecemos. Ainda perdemos tempo a experimentar possíveis formas de actuar e à porrada uns com os outros, quais purberes na sua fase de auto-conhecimento!
    Somos uns meninos! Ainda temos um longo caminho a percorrer! Só tenho é pena daqueles que ao longo deste caminho, por serem inevitavelmente dependentes deste sistema "enjaulador" e nao terem condição para comandar a sua própria vida, não atingem nem de perto nem de longe a dimensão de felicidade que considero que todo o ser humano tem direito a alcançar!

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